Cronologia sobre a vida Guido Marlière

Dados extraídos do livro "MARLIÈRE, O CIVILIZADOR" de Oiliam José (do Instituro Histórico e Geográfico de Minas Gerais e do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora).
Editora ITATIAIA Ltda - Belo Horizonte - 1958

DATA
DESCRIÇÃO
20/07/1811
Marlière faz uma carta de defesa ao Desembargador-Ouvidor Lucas Antônio Monteiro de Barros. Marlière na época Tenente Agregado do Regimento de Cavalaria de Linha da Capitania. Outros documentos constam como Capitão.
03/12/1767
Nascimento de Guido Thomaz Marlière
21/06/1802
Ingressa como Porta-Estandarte dos Exércitos de Portugal
1807
Ao contrário do que já se escreveu, Guido Narlière não veio para o Brasil em 1808, junto com a Família Real. e si, em 1807 na Corveta de João Marcos Vieira Araújo, para o Rio de Janeiro e depois para o Rio Grande do Sul, onde serviu no posto de Alferes da Cavalaria Ligeira. (Fonte: Pesquisa e notas de G. P. Araújo, documentos inétidos, publicado na Revista Chico Boticário - Ano I - Nº 1.)
20/10/1807
Promovido a Alferes - Posto correspondente a 2º Tenente
11/08/1808
Transfere-se para o I Regimento de Cavalaria do Exército de Minas Gerais em 11 de agosto de 1808. (Fonte: Pesquisa e notas de G. P. Araújo, documentos inétidos, publicado na Revista Chico Boticário - Ano I - Nº 1.)
1810
Devido a briga de Portugueses truculentos e indígenas desesperados. Marlière foi enviado pouco depois para o local para apaziguar (Presídio São João Batista) - Padre Marcellino Rodrigues Ferreira Janeiro/1811 Janeiro - Chegada a Vila Rica
04/07/1811
Ordem para ESPIONAR/ESPIAR Marlière e prendê-lo mês e meio depois
19/07/1811
Preso Marlière - suspeito de Emissário de Napoleão Bonaparte
20/07/1811
Marlière faz uma carta de defesa ao Desembargador-Ouvidor Lucas Antônio Monteiro de Barros. Marlière na época Tenente Agregado do Regimento de Cavalaria de Linha da Capitania. Outros documentos constam como Capitão.
25/07/1811
Marlière é levado para o Rio de Janeiro
1811
Prisão de Marlière em Vila Rica.

Falecimento de Padre Manoel de Jesus Maria, fundador de Rio Pomba. Precursor de Marlière chegou aos sertões desta parte de Minas em 1.767. Vila de São Manoel da Pomba criada em 13/10/1831. Pelourinho levantado em 25/08/1832.

Marlière começa a sua obra civilizadora.

1811 a 1829
Cartas de Marlière de 1811 a 1829, Volumes X, XI, XII da R.A.P.M. Ano X, pág. 586
25/08/1812
Por Carta de Sesmaria, Guido Marlière recebeu "Meia légua de terras em quadra, situada no Caminho do Rio de Janeiro, na paragem chamada o Rio Novo do Pihá (Piau).
1812
Marlière retorna a Vila Rica, ao seu Regimento
18/02/1813
O Governador de Minas, Conde Palma, fica comedido não falando de Religião, procurando apenas cumprir as suas obrigações
1813
Chega a São João Batista do Presídio (atual Visconde do Rio Branco)
19/06/1813
É nomeador "Diretor Geral dos Índios da Freguesia de São Manoel da Pomba"
1813
Marlière entra em contato com os Croatos e Cropós É nomeador "Diretor Geral dos Índios da Freguesia de São Manoel da Pomba"
1813
G.W. Freireyss visita São João Batista do Presídio
1813 a 1829
De 1.813 a 1.829, Marlière trabalhou com afinco, amor e esclarecimento, sem receber qualquer vencimento ou gratificação domo Diretor dos Índios. Fê-lo por ideal. De 1.819 a 1.826 recebeu a ridícula quantia de 11:900$000!!
13/11/1814
Em seu relatório a D. João VI, Marlière informa que por "ofício e de viva voz ", incumbiu ao Padre Antônio Duarte Pinto, "Capelão da Aplicação de N.S. da Conceição do Rio Novo", para que cuidasse da "parte essencial da religião".
1814
Em 1.814 ou 1.815 mandei duas Bandeiras ao matto contra os PURIS BRAVO. A 1ª porque vieram e mataram um moço da Freguesia de São João Batista do Presídio, composta de Portugueses da Esquadra do Mato e de Índios Coroados; a 2ª, inteiramente só de Coroados por vierem os mesmos matar um ÍNDIO desta nação chamado Silvestre e a dois filhos deste, que estavam trabalhando nas plantações de sua respectiva aldeia. (RAPM, ano XII, pág. 576)
24/06/1816
Promovido ao posto de Capitão da 4ª Companhia do Regimento a que pertencia
01/08/1816
Data de Nascimento do Cadete Leopoldo Guido Marlière. D. Maria Victória aceitou a traição. Admitiu a legitimidade de Leopoldo e a presença dele em seu lar. Contribuiu com a sua educação e mais tarde a formação de Netos de seu defunto esposo.
31/03/1818
Partem de Vila Rica, o médico Dr. Karl Friedrich Philipp von Martius e o Zoólogo Hohann Baptist von Spix, à aldeia dos índios Coroados na margem do Rio Xipotó - Fazenda de Guido Marlière.
(Fonte: Página 232 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil" - 1817-1820 - Tradução de Lúcia Furquim Lahmeyer, revista por B. F. Ramiz Galvão e Basílio de Magalhães que a anotou .)
03/04/1818
Perto da venda das Duas Irmãs, passam por um fundo de cascalho, na junção dos Rios Turvo e Piranga.
(Fonte: Página 235 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil" - 1817-1820 - Tradução de Lúcia Furquim Lahmeyer, revista por B. F. Ramiz Galvão e Basílio de Magalhães que a anotou .)
04/04/1818
Ultrapassam a Serra de São Geraldo.
(Fonte: Página 236 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil" - 1817-1820 - Tradução de Lúcia Furquim Lahmeyer, revista por B. F. Ramiz Galvão e Basílio de Magalhães que a anotou .)
05/04/1818
Ao meio dia, chegam ao Presídio São João Batista. O lugarejo tinha 30 casas e abrigava o Quartel-General de Marlière.
(Fonte: Página 237 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil" - 1817-1820 - Tradução de Lúcia Furquim Lahmeyer, revista por B. F. Ramiz Galvão e Basílio de Magalhães que a anotou .)
10/04/1818
O médico Dr. Karl Friedrich Philipp von Martius e o Zoólogo Hohann Baptist von Spix partem do Presídio São João Batista para a Fazenda Guidwald de Guido Marlière.
Perto do meio-dia visitam a Aldeia do Morro Grande., onde habitam diversas famílias de Coroados.
(Fonte: Página 240 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil" - 1817-1820 - Tradução de Lúcia Furquim Lahmeyer, revista por B. F. Ramiz Galvão e Basílio de Magalhães que a anotou .)
17/04/1818
Spix e Martius retornam de Guidowald para Vila Rica
(Fonte: Página 260 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil" - 1817-1820 - Tradução de Lúcia Furquim Lahmeyer, revista por B. F. Ramiz Galvão e Basílio de Magalhães que a anotou .)
09/09/1818
Amplia-se a sua autoridade, sendo nomeado Inspetor da 1ª e 4ª Divisões, das conflagradas Regiões de Rio Doce
janeiro/1819
Marliére, em Vila Rica convida Martius para visitar Guidowald
13/02/1819
Obteve a Inspeção da 2ª e 3ª Divisões, esta sediada em Abre campo
31/03/1819
Martius e Spix partiram de Vila Rica para Guidowald. Chegam em abril (Fonte: "MARLIÈRE, O CIVILIZADOR" de Oiliam José - página 108)
Está em desacordo com a página 232 do Livro de SPIX e MARTIUS - "Viagem pelo Brasil", onde a data é 31/03/1818.
25/05/1819
Conseguiu aldear a povoação de São Paulo do Manoel do Burgo, hoje Muriaé. Isto com o auxílio do Capitão Gonçalo Gomes Barreto e Constantino José Pinto.
1819
Estabelece a paz de Croatos e Puris. Rio Chopotó - termo que provém de raízes Croatas e Cropós - Cipó Tagoá que significa Cipó Amarelo
1819
O índígena Guido Pocrane tornou-se conhecido de Marlière em 1.819
1819
Expedições PUNITIVAS de CROTAS contra os PURIS.
15/11/1820
Mais um título: Inspetor de todas as divisões de Minas Gerais em terras indígenas
30/05/1821
Promovido a Major agregado a seu Regimento
1821
Capitão Índio Guido Pokrane dizia a Marlière , " Sahio de Cuyathe com outros índios do sul ali rezidentes e attacaram os Puris"
29/01/1822
É chamado a exercer o novo posto, afastando do mundo indígena
24/04/1822
A primeira referência documental de Marlière na SERRA DA ONÇA é de 24 de abril de 1822, num relatório dirigido ao Príncipe Regente Dom Pedro. Nele revela ter fundado uma Capela para os índios ao Pé da Serra da Onça, Freguesia do mesmo Presídio (RAPM, ano X, pág. 424)
10/06/1822
Portaria do Príncipe-Regente concedendo-lhe pedido feito
31/07/1822
Em 1822, quando foi fundado o Grande Oriente do Brasil, Marlière pede filiação da "Oficina Mineira". A integração foi deferida em 31 de julho de 1822, como consta da Ata da Sessão Nº 8, sendo assim a primeira Loja Maçônica do interior a filiar-se ao GOB, mostrando assim a atividade e o zelo de Guido Marlière.
Em vista desta integração, Marlière foi nomeado Primeiro Dlegado do Grande Oriente do Brasil, na Província de Minas Gerais.
Nesta época o GOB, sob o comando de Gonçalves Ledo, preparava a Independência do Brasil.
1822
Solicita ao Príncipe Regente permissão para voltar ao mundo indígena
23/06/1823
O Imperador Pedro I promove a Tenente-Coronel do Regimento de Cavalaria de Linha, de Minas Gerais
1823
Marlière caiu doente em dezembro com Maleita. Primeiros acessos da Malária em Marlière.
1823
Em fins de 1823, Marlière adquiriu FEBRE PALUSTRE à margem do Rio Sacramento Grande. Já tinha mais de 60 anos. Merecia uma aposentadoria tranqüila junto aos queridos índios CROATO e PURIS.
1823
Marlière valeu-se da colaboração do indígena Innocêncio Gomes de Abreu da 6ª Divisão e "Bom prático de Mattas" e o primeiro a levar BOTUCUDOS civilizados à presença do Monarca. Mais tarde o ACUSOU de furto, reduzindo- o à condição de simples soldado, retirando o Título de Capitão.
14/01/1824
Jornais "ABELHA do ITACOLOMI" que circulou de 14.01.1824 a 11.06.1825 e o "UNIVERSAL" que circulou entre 18.06.1825 e 1.842.
1824
Ação de Febres Endêmicas vitimou o Cacique Capitão Jacu, esposa, filhos e companheiros
29/04/1824
O Imperador nomeia Marlière a Diretor das Divisões Militares do Rio Doce. Interessante é que Marlière já havia recebido em 29.mar.1824 de seu antecessor todos os livros e papéis do Comando das Divisões. Nomeado a Comandante de todas as Divisões do Rio Doce.
12/06/1824
Marlière nomeia Padre José Pereira Lidor a Diretor dos índios do Jequitinhonha, posto no qual venceria 200 réis por dia. Em 1.832 já era falecido o padre.
1824
Marlière pouco cuida da sua Fazenda de 252 alqueires. Permaneceu uma vez 20 meses ausente de sua fazenda, de 1824 a julho de 1.826 (colonizando BOTOCUDOS). D. Maria Victória cuidava da fazenda
06/12/1824
Marlière redige uma carta onde corrige, em parte, os escritos de Auguste de Saint-Hilaire
14/12/1824
Carta enviada ao Comandante da 5ª Divisão " Quando hú soldado falta a revista, declara-se no Mappa, e Partes "falta o soldado F. desde o dia de tal mes - e as circunstância: e só no fim de 3 mezes da falta, hé que se poem a nota de crime de Deserção". A escolha do prazo de 3 meses para caracterizar a deserção exemplifica o cuidado de Marlière no trato com seus subordinados e o bom conhecimento que possuía acerca das realidades da vida nas selvas.
23/12/1824
Contra o soldado Joaquim José Sant'Ana, que, desertando, consumiu importantes documentos de Marlière, inclusive os relativos à comenda que lhe foi concedida por Luís XVIII de França, assim se expressa: " O gavião não appetece mais o passarinho nas garras que eu a elle!" (Carta de 23 de dezembro de 1824). Não me tem sido possível a captura do Desertor Joaquim Joze de Sant'Ana da 4ª Divisão apezar de muitas e despendiosas diligencias minhas para trazer à mão parece q. nasceo debaixo da influência do Planeta Mercúrio, o qual disem os Astrologos, protege aos ladrões (Carta de 3 de dezembro de 1824)
1824
Nomeado Diretor Geral dos Índios.
1824
Colocaram sobre o corpo do CORONEL a MEDALHA da CONDECORAÇÃO que obteve do Rei LUIZ XVII da França, a Medalha de cavaleiro da Ordem Real e Militar de São Luís(*). * A carta e o hábito desta condecoração foram consumidas em Mariana, no mesmo ano, pelo soldado que deveria conduzir de Vila Rica ao Quartel da Onça Pequena. Marlière pediu em 12 de janeiro de 1.825 ao Conde de Gestas, Cônsul-Geral da França no Brasil, uma segunda-via da carta condecoração.
12/01/1825
* A carta e o hábito desta condecoração forma consumidas em Mariana, no mesmo ano, pelo soldado que deveria conduzir de Vila Rica ao Quartel da Onça Pequena. Marlière pediu em 12 de janeiro de 1.825 ao Conde de Gestas, Cônsul-Geral da França no Brasil, uma segunda-via da carta condecoração.
03/07/1825
Transmite a seguinte ordem: "Ordeno a todos os meus subordinados tratem os ditos índios com todo cuitdao, zelo e humanidade devida à sua inocência: e o mesmo peço a todas as justiças, autoridades e moradores dos lugares de trânsito".
11/07/1825
Relato de indignação de Marlière contra os matadores de índios (RAPM - ano X, pág. 609)
27/08/1825
Marlière (fazia) comunicava ao Presidente da Província " Esta Colônia ... Formiga de mulheres que vivem de prostituição, não trabalharão, por que a proximidade dos soldados das 4 Divisões quazi concentram no Rio Doce fornece o seu alimento mas ellas tão bem não lhes poupão o GALICO." " Mandei buscar hoje duas matronas da quellas e forma achadas pelo cirurgião com provas sufficiente de SYPHILLITICO para infestar um exército". (RAPM - ano X, pag. 628)
05/09/1825
Carta onde mostra inimizade com o Cap. Lizardo José Fonseca que queria o Posto de Diretor-Geral dos Índios. Antes eram amigos, Marlière o elogiara em cartas.
1825
Coloca o soldado Firmino Durains da 7ª Divisão para acompanhar Auguste de Saint-Hilaire na segunda viagem pelas margens do Rio Doce e Jequitinhonha.
26/10/1826
Exclamou Marlière em 26/10/1826: "vimos enfim a nossa ditosa Província livre do Flagelo do gentio... Ei-los (os botocudos) mansos: este hé o meu Alleluia!"
1826
Ao que se julga surgiram atritos a partir de 1.826 e até inimigos pessoais se tornaram Marlière e o Capitão Lizardo José da Fonseca
28/03/1827
Em documento de 28/03/1827, Marlière explana o histórico das expedições punitivas onde ordenou que os CROATOS atacassem aos PURIS do futuro São Paulo do Manoel do Burgo.
1827
Promoção ao posto de Coronel de Cavalaria, adido ao Estado Maior do Exército
02/08/1827
E foram as BEXIGAS que o levam a deixar seu Quartel do Retiro para refugiar-se por algum tempo em Antônio - Dias - Abaixo.
10/06/1829
Reformado como Coronel. Muito lhe magoou não ter recebido o título de Barão do Rio Doce.
24/09/1829
"Se forem processados os comandantes de Divisões por causa de negócios poucos se acharão inocentes"
1829
Conseguem tirar Marlière para sempre da Direção Geral dos Índios e do Comando das Divisões do Rio Doce. Foram os aventureiros, inimigos do Marlière contrariado em seus interesses pois assaltavam as terras e as culturas dos indígenas, roubavam as mulheres e os filhos, covardes assassinatos dos silvícolas, muitos dos quais quando bêbados e estirados ao chão, eram destripados pelas patas dos cavalos dos viandantes, como ocorria na POMBA e no PRESÍDIO, " duas Sodomas, que vivem de roubos e feitos aos índios".
1829
OSTRACISMO. Marlière tinha opositores e inimigos. Um deles o Furriel José Lucas Pereira dos Santos desde o incidente que tiveram sobre a civilização dos PURIS.
1829
Decadência orgânica foi uma das causas da Reforma de Marlière.
13/10/1831
Criação da Vila de São Manoel da Pomba. Pelourinho levantado em 25/08/1832.
1833
Manoel José Pires da Silva Pontes narra que chega a Guidowald " aparece uma tribo PURYS"
1833
HOSPITALIDADE de Marlière e D. Maria Victória estão presentes no Relatório de Manoel José Pires da Silva Pontes em 1833. Marlière era um filantropo, defensor dos índios.
17/03/1836
Defendeu este índio o Comandante Geral das Divisões, Felipe Joaquim da Cunha e Castro, um dos sucessores de Marlière
1836
Desde maio foi-se aumentando a decadência orgânica.
05/06/1836
Falecimento de Marlière
06/06/1836
SEPULTAMENTO - D. Maria Victória chorou a morte de Marlière em 06 de junho de 1836, acompanhou o corpo até a sepultura. Plantou uma Figueira, cortou uns cachos de cabelos do esposo e o manteve preso à medalha que trazia a única reprodução do semblante de Marlière. Passou esta relíquia À neta Maria Flávia Marlière, filha do Cadete Leopoldo. Esta neta possibilitou o Arquivo Público Mineiro obter em 1.904 em CÓPIA do BUSTO de MARLIÈRE em belo quadro do Pintor Horácio Esteves. D. Maria Victória viveu quase 90 anos.
02/08/1839
Tendo 11 anos, Cadete Leopoldo adquiriu com licença do pai sua primeira propriedade imóvel. Uma sorte de terras em capoeiras e matos, à margem do "Chopotó dos Coroados", no distrito de Sant'Anna do Sapé. Em 02.agosto.1839, o Cadete Leopoldo Guido Marlière vendeu essas terras a Manoel da Rocha Reis.
08/10/1839
O inventário do cadete foi acidentadíssimo pois não tinha havido o "inventário nem judicial, nem amigável" de Marlière (pág. 133 do Códice citado) e a meeira do civilizador, D. Maria Victória, apesar disso, havia vendido em 8 de outubro de 1839 e 28 de fevereiro de 1844, duas sortes de terras da Fazenda Guidowald, situadas às margens do Rio "Chopotó dos Coroados", ao Padre José Francisco Baião, recebendo a vendedora respectivamente 1:100$000 e 500$000.
1842
Jornais "ABELHA do ITACOLOMI" que circulou de 14.01.1824 a 11.06.1825 e o "UNIVERSAL" que circulou entre 18.06.1825 e 1.842.
1843
Falece Guido Pocrane, como soldado da 2ª Divisão
28/02/1844
O inventário do cadete foi acidentadíssimo pois não tinha havido o "inventário nem judicial, nem amigável" de Marlière (pág. 133 do Códice citado) e a meeira do civilizador, D. Maria Victória, apesar disso, havia vendido em 8 de outubro de 1839 e 28 de fevereiro de 1844, duas sortes de terras da Fazenda Guidowald, situadas às margens do Rio "Chopotó dos Coroados", ao Padre José Francisco Baião, recebendo a vendedora respectivamente 1:100$000 e 500$000.
1850
Maria Victória da Conceição Rosier (FALECIMENTO). Natural da Ilha Terceira, filha e irmã de militares de origem francesa servindo a Portugal. Depois de casada troca o sobrenome ROSIER por MARLIÈRE.
1855
Os primeiros trabalhos sobre Marlière foram de Manuel Basílio Furtado, João Lúcio e (*) Conselheiro Luiz Pedreira do Couto Ferraz ("Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro", Volume XVIII, 1855, pág. 410 e seguintes)
1855
Maria Victória da Conceição Rosier (FALECIMENTO). Natural da Ilha Terceira, filha e irmã de militares de origem francesa servindo a Portugal. Depois de casada troca o sobrenome ROSIER por MARLIÈRE.
11/03/1863
Falece o Cadete Leopoldo, na véspera desse dia, sem deixar testamento
07/09/1863
Falecimento da esposa do CADETE LEOPOLDO que casou-se com D. Flávia Dumitilde Gomes Pereira. Ela era filha do Furriel Manoel de Souza Reis.
1864
Filhos de Cadete Leopoldo e D. Flávia, que em 1864 contavam com as idades:

1 - Maria Flávia Marlière, casada com o português Manoel Joaquim de Araújo e morador por longos anos na Serra da Onça.
2 - Leopoldo Guido Marlière, solteiro, com 23 anos. Mais tarde transferiu-se para São João do Matipó (Matipó hoje), onde se achava no início do século XX
3 - Anna Eliza Marlière, solteira, 21 anos;
4 - Flora Francisca Marlière, solteira, 16 anos;
5 - Guido Antônio Marlière, com 13 anos;
6 - João Evangelista Marlière, com 11 anos; residia no início do século XX, em Matipó;
7 - Maria da Annunciação Marlière com 9 anos.

O inventário teve início em 1864 e terminou em 1879. Achando-se em 1903 na Comarca de Ubá e possuindo alto valor histórico.

1864
D. Maria Victória possuía pelo menos três escravos considerados livres em 1864: Antônio Cassange com 80 anos e avaliado em 50$000; Anna de Nação co 45 anos, avaliada em 800$000; e Jorge, com 75 anos, avaliado em 200$000.
1864
Preços : 1 capado (suíno gordo) valia 25$000, 5 cabeças de porco valia 60$000, 2 capados grandes valiam 25$000.
1870
Falecimento de D. Maria Victória, quase 35 anos após a morte do marido. Teve seus restos mortais depositados no mesmo cercado de Marlière
Faleceu em Guidoval depois de 1870. Existem afirmações que falam que ela morreu entre 1850 e 1855.
1870
O inventário teve início em 1864 e terminou em 1879. Achando-se em 1903 na Comarca de Ubá e possuindo alto valor histórico.
1880
Decorridos 70 anos de 1811 a 1880, não mais existiam índios CROATOS, CROPÓS e PURIS nos distritos que eles ocupavam. Os brancos varreram os índios.
1- Trucidamento dos índios;
2 - A tuberculose;
3 - A aguardente;
4 - Sífilis;
5 - Varíola.
1905
Tinha-se apenas um ESTEIO DE BARAÚNA da extinta Fazenda Guidowald cuja área era de 252 alqueires.
1906
O senhor Orozelino Joaquim Caetano, octogenário, conheceu o índio Luciano quando este tinha 116 anos. Luciano foi colono de Marlière. O Sr. OROZELINO trabalhou por volta de 1.906 como carreiro, conduzindo café da Serra da Onça para a estação de Dona Euzébia. Ele disse que Luciano dizia: " Menino não atiro em onça porque onde ela está não chegam outros bichos. E da onça a gente se defende bem." Luciano tinha sua aldeia na Serra da Neblina e faleceu com cerca de 140 anos de idade.
1914
"Guido Thomas Marlière - O Apóstolo das Selvas Mineiras", Imprensa Official do Estado de Minas Gerais, 1914, pag. 39
1927
Foi retirado o corpo de Marlière por ASTOLFO SOARES. Por iniciativa do ex-senador Levindo Eduardo Coelho, então Senador Estadual e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ubá, lavrou-se circunstanciada ATA de reconhecimento dos restos mortais de Guido Marlière.
13-ago-28
INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO DO GUIDO. Na presença do Presidente do Estado de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, cuja comitiva ocupava dezenas de carros, com Secretários de Estado, de Presidentes de Câmaras Municipais, com discurso eloqüente de Celso Porfírio de Araújo Machado, na época Deputado Estadual e Presidente da Câmara Municipal de Rio Branco.
1928
Em local vizinho àquele onde se encontrava a Fazenda de Marlière está o MONUMENTO DO GUIDO feito em 1.928, em homenagem ao civilizador que preferiu viver 23 anos entre os indígenas e colonos a viver no meio dos que se consideram civilizados. Por detrás do Monumento ergue-se tosco RANCHO de SAPÉ , à esquerda deste acha-se uma casa residencial de larga frente, com construção e cercada de paiol e curral. Em frente à mesma e em torno do MONUMENTO, vê-se considerável área plana livre, cortada apenas pela estrada de rodagem. Mais à esquerda, na direção norte, levanta-se uma casa comercial com residência anexa e o Prédio da ESCOLA RURAL.
27-dez-48
Em 27 de dezembro de 1948 foi criado o município pela Lei Estadual 336 de 27.12.1948. O Patrimônio da Capela com 22 e 1/2 alqueires surgiu da doação de Manoel, Delfino e João Ferreira da Costa. Os índios CROATOS que habitavam o território de Guidoval tiveram em Padre Manoel de Jesus Maria o seu primeiro civilizador. Marlière continuou essa meritória obra.


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